Em 25 de Novembro de 1975, Portugal viveu um momento decisivo no seu percurso democrático. Nesse dia, sectores das Forças Armadas, alinhados com a extrema-esquerda, protagonizaram um tentativa de golpe de Estado -incluindo paraquedistas que ocuparam várias bases aéreas- numa fase em que o país ainda se encontrava no turbulento processo revolucionário pós-Revolução dos Cravos, o PREC (“Processo Revolucionário em Curso”).
A operação militar moderada, liderada por figuras como Ramalho Eanes, enfrentou e travou esse golpe, defendendo a normalização institucional e abrindo caminho para a consolidação de uma democracia pluralista. Para muitos historiadores, o 25 de Novembro é visto como o fim simbólico do PREC e o início de uma estabilização política que levou à promulgação de uma nova Constituição em Abril de 1976.
Quanto a mim, faz todo o sentido que se assinale esta efeméride. Sem o 25 de Novembro, Portugal não seria o que é hoje, ou pelo menos não o teria sido. Pelo meio teríamos tido uma ditadura marxista-leninista ou uma intervenção estrangeira da NATO para a impedir. O caos, em suma. Se o 25 de Abril foi o Dia da Liberdade, o 25 de Novembro foi o Dia da Democracia.